01 abril 2012

A Lei de Bode


Observatório Phoenix

Após aprender o nome e a ordem dos planetas é recomendável a fixação de uma importante regra. Ela foi enunciada pelo astrônomo alemão Johann Elert Bode (pronuncia-se: iorram ilert bôd) em 1772. Valia, obviamente, para os planetas conhecidos na época, ou seja, aqueles visíveis a olho nu.
Hoje é conhecida como Lei de Bode e foi estendida para todos os planetas, com ressalvas.
Sua base de formação é a seguinte:
a- Inicialmente ele fez uma progressão geométrica de razão 2 iniciando com 0 e 3:

0 3 6 12 24 48 96 192 384 768

b- Somou 4 a cada termo:

4 7 10 16 28 52 100 196 388 772

c- A seguir, dividiu esses valores por 10 e obteve:

0,4 0,7 1,0 1,6 2,8 5,2 10,0 19,2 38,8 77,2

Estas são as distâncias aproximadas dos planetas ao Sol, em UA (Unidades Astronômicas). Unidade Astronômica é a distância média da Terra ao Sol e vale aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

Comparando com as distâncias medidas pelos astrônomos, ele observou que faltava o planeta correspondente a 2,8 UA. Pesquisando o céu os astrônomos descobriram nesta distância o cinturão de asteróides, que acreditamos ser pedaços de um planeta que se desintegrou.

Planeta Real Bode
Mercúrio 0,39 0,4
Vênus 0,72 0,7
Terra 1,00 1,0
Marte 1,52 1,6
Asteróides 2,65 2,8
Júpiter 5,20 5,2
Saturno 9,54 10,0

A regra pode ser usada também para

Urano 19,2 19,6

O valor calculado para Netuno é muito diferente, mas pode ser usado para Plutão:

Netuno 30,1 38,8
Plutão 39,5 77,2

Este cálculo é uma maneira fácil e curiosa para lembrar as distâncias dos planetas e as dimensões do Sistema Solar. Devemos nos lembrar que a órbita de Plutão tem uma excentricidade muito grande e durante alguns períodos, chega a estar mais perto do Sol que Netuno. Estes números são ótimos para se desenhar as órbitas do Sistema Solar em escala como trabalho prático e fixar melhor os dados.

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