A tragédia do Tsunami
trouxe uma lição. Perdida no meio do oceano de notícias, soube-se
que no Yala National Park, Sri Lanka, bem no meio de uma regiões
mais afetadas pela mega onda, nenhum animal foi encontrado morto!
Repito: num parque onde havia 19 Km de praias, habitadas por
centenas de elefantes, leopardos, pássaros, coelhos... ninguém
morreu!
Verificou-se com espanto que antes da chegada do maremoto
os animais, por alguma razão ainda não esclarecida, se deslocaram
da praia e das áreas mais baixas, para a parte mais alta do
parque. As águas chegaram a entrar 3 Km parque a dentro. Mas ali
não havia ninguém. Ou melhor, nenhum bicho foi pego de calças
curtas.
Surgiram alguns palpites. Na BBC e na National Geographic,
cientistas afirmaram que possivelmente o fato se deu porque os
animais ouvem uma freqüência de som produzida pelo terremoto, mais
baixa do que as que os nossos ouvidos captam.
Segundo
ele, os bichos também sentem vibrações no solo e do ar, as rally
waves, estas, sim, também somos capazes de sentir em nosso próprio
corpo. Ou melhor, seríamos. Nossa mente anda tão congestionada de
informação, que apesar das rally waves chegarem até nossos
corpos, essa informação é simplesmente deletada da nossa consciência.
Entenderam a tragédia?
Resumo: os bichos se salvaram porque estavam conectados.
Nós, seres humanos, nos estrepamos porque estávamos também
conectados, só que em outras ondas: rádio, TV, videogame, ou mesmo
o sonzão do carro ou do botequim tocando no último um bate-estaca
de ano novo.
Nesses meus poucos dias de férias, persegui como um louco a
tecla mute do controle remoto. Tentando diminuir pelo menos o
volume do mundo ao meu redor. Valorizar o botão de desliga. Tá
ligado?
Tá na hora da gente ouvir menos o barulho e mais os elefantes.
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